OLHOS DO CORAÇÃO




As paixões dos verões
por hora esquecidas.
Os invernos de cada um.
Milhas distantes.
São mares antes
nunca navegados,
agora visitados.
Fogo que não queima,
mas aquece com
seu suave calor.
É chama que crepita
na essência do ser,
no íntimo da alma.
É partícula de luz divina
que vivifica
a biologia do corpo.
São olhos vivos
que desenham um olhar
cheio de sentimentos.
Na expressão humana
o desenho do espírito
abrigado no corpo.
Uma fotografia facial
onde as tintas de emoções
vencem os traços.
Vã filosofia. Vã teologia.
A pessoa. O fato.
A vida. O tempo perdido.
Por entre a miliciana
marcha das horas
o divagar do pensamento,
que se perde na inspiração,
na imaginação que cria
versos inesperados
que chegam sem pedir licença
para entrar, visitar a mente,
e provocar as mãos.


Gilberto Brandão Marcon
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